quinta-feira, 31 de março de 2011

Terapia do Elogio



Terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram numa recente pesquisa que os membros das famílias estão cada vez mais frios, mais distantes, o carinho é cada vez menos, não se valorizam as qualidades, facilmente se ouvem críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e desgastam-se na valorização dos defeitos dos outros. Por isso, as relações de hoje não duram. A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias. Não vemos mais os homens a elogiar as suas mulheres ou vice-versa, não vemos os chefes a elogiar o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos a elogiar-se; etc. Só vemos futilidades: valorizam-se artistas, cantores, jogadores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo, do rosto, das aparências. A ausência de elogio afecta muito as pessoas e as famílias. Há falta de diálogo nos lares. O orgulho e a agitação da vida impedem que as pessoas digam o que sentem. Depois despejam-se essas carências nos consultórios. Acabam-se casamentos, alguns procurando noutra pessoa o que não conseguem dentro de casa. Vamos começar a valorizar as nossas famílias, os nossos amigos, alunos ou subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza do parceiro ou parceira, o comportamento de nossos filhos. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho fica feliz por ser louvado, o pai e a boa mãe sentem-se bem ao serem amados e amparados. O amigo quer sentir-se querido. Vivemos numa sociedade em que cada um precisa do outro; é impossível uma pessoa viver sozinha e sentir-se feliz. Os elogios são forte motivação na vida de cada um. Quantas pessoas podem fazer hoje feliz elogiando-as de alguma forma?


Arthur Nogueira (Psicólogo)

(recebido por e-mail)

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